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... e até que nos encontremos de novo...

que Deus lhe guarde, serenamente,
na palma de Suas mãos!



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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Depois da Tempestade - Tercilia Braiani


Depois da Tempestade

Tercilia Braiani



Depois das grandes tempestades em nossas vidas,

às vezes, ao invés da bonança esperada,

costumamos fechar a alma para balanço.

E por mais que digamos estar disponíveis ao diálogo,

bem no fundo do nosso coração colocamos uma porta.

E esta porta fica tão trancada,

que se nós mesmos não a abrirmos,

tornar-se-á quase que intransponível.



É como se nossa casa tivesse sido saqueada

e o medo de que fosse arrombada de novo

não nos deixasse viver sossegados.

Visitantes cadastrados até poderiam chegar ao jardim...

mas passar da soleira, quem disse?

E ficamos tantas vezes nos perguntando,

o porque de ninguém se aproximar muito de nós

se pensamos, numa atitude de bloqueio à verdade,

que estamos dando espaço para que todos nos visitem.



Fingimos não enxergar o letreiro de “passagem proibida”

ou os cadeados enormes que colocamos nos portões

e nos muros que erguemos ao redor de nós,

porque é duro admitir que temos medo

de mais experiências depois que uma, duas, três

ou mil delas não deram certo.

Mas se só as pessoas sensíveis enxergam esse bloqueio

e elas são cada vez em número menor,

as não tão persistentes se afastam,

com medo de que soltemos os cães bravos

em cima delas e as ponhamos para correr!



Assim acabamos, por comodismo,

ficando com as pessoas menos perigosas;

com aquelas com quem sabemos

que nunca chegaremos a ter envolvimento maior,

até porque sua percepção não é tão aguçada

para penetrar no nosso interior.

Ficamos com aquelas

com quem temos menos afinidade

e pouca cumplicidade,

principalmente aquela que vem do fundo da alma...



Porque não queremos que ninguém invada

a fortaleza inexpugnável dos nossos segredos,

onde guardamos as mágoas,

os ódios não passados a limpo

e os amores mal sucedidos.

Não queremos saber de quem nos leia pensamentos

e não pretendemos nos prender a nada,

embora digamos sempre o contrário...



Embora saibamos que a falta das amarras num porto

onde poderemos atracar quando estamos à deriva,

pode constituir uma bela teoria de liberdade,

mas não nos gratifica,

pois o ser humano não nasceu para ficar só.

Nós, hoje, bem ou mal,

podemos escolher nossos amores e amigos.

E que possamos escolher os melhores,

e não os mais cômodos.



E que possamos, também, ter alguns inimigos

e, entre os nossos conhecidos,

pessoas incompatíveis conosco,

porque são eles que nos ajudam

a superar os nossos limites

e nos botam para frente,

nem que seja para que lhes mostremos

do que e o quanto somos capazes.



Precisamos ter histórias para contar,

sejam elas com finais tristes ou felizes.

Precisamos passar por experiências

que nem sempre são gratificantes

pois uma existência passada em brancas nuvens ,

é uma existência sem frutos.

Um dia, talvez, venhamos a entender melhor

os mistérios da vida

e que, para chegarmos a um determinado ponto,

muitas vezes teremos que passar por vários obstáculos.



Talvez entendamos que

precisamos nos purificar sofrendo várias provações

até conseguir nossos objetivos

e receber alguma recompensa.

Algumas doutrinas religiosas e filosóficas tentam explicar

porque algumas pessoas sofrem e outras são poupadas

e porque alguns de nós encontram suas metades

e outros passem a vida inteira a procurá-las.

Mas são explicações que talvez nós leigos,

não consigamos facilmente entender.



A única coisa que podemos arriscar,

é que nada acontece por acaso...

ou será que acontece?

Talvez, quando sofremos,

estejamos passando por um processo de purificação

que nunca será entendido ou aceito por nós

enquanto estivermos vivendo a experiência.



Talvez, quando procuramos alguém ou alguma coisa,

estejamos nos informando;

talvez quando encontramos

tanta gente incompatível conosco

é porque, de alguma maneira, somos ou fomos

as pessoas determinadas a surgir em suas vidas,

seja para suportá-la,ajudá-las ou para que, através delas,

aprendamos alguma lição importante:

da serenidade à perseverança, da paciência à fé.



Mas, por mais que apanhemos,

que nos escondamos para fugirmos da vida,

de nós mesmos, dos machucados e rejeições,

tudo passa.

O desespero nunca foi solução para nada

pois, afinal,

não há bem que nunca acabe

e nem mal que sempre dure.



A vida sempre seguirá dando voltas.

Tomara que saibamos

aproveitar as ascensões

para levantar

quem estiver próximo de nós

e as quedas

para aprendermos

a ser humildes.

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