... Muito Além de Mim... Aqui dentro! ...


SEJA MIL VEZES BEM VINDO!!!

AQUI e no meu SITE:


http://www.guidhacappelo.com/
Emails para: guidha.cappelo7@gmail.com


MUITO ALÉM DE MIM é um Portal de Arte e Luz que dedico a todos, pra que seja uma fonte de energia onde você possa encontrar respostas, caminhos, ânimo, paz, algo que possa lhe ajudar a enfrentar as tempestades e desafios da vida.

Quero sempre lembrar que NÃO SOU terapeuta nem psicóloga, apenas uma artista plástica que adora ser ZEN, gosta de ajudar os outros e acredita firmemente que SOMOS TODOS UM!

Que ao sair daqui, você tenha ativado sua sensação de paz, harmonia e auto-confiança.

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... e até que nos encontremos de novo...

que Deus lhe guarde, serenamente,
na palma de Suas mãos!



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quarta-feira, 30 de abril de 2008



Já tenho meu domínio! Guidha Cappelo.com!!!!

Essa banner aí encima foi meu primeiro banner feito com animação mas no blog ele não funciona, só no site, mas enfim... tá aí!
Logo, logo finalizo o site!

Tô estudando feito adolescente, quer dizer, adolescente nerd, como se diz hoje, no meu tempo era CDF mesmo! Por isso não tenho aparecido mais vezes por aqui!

Mas estou muito feliz, fazendo uma coisa que adoro!

Até mais!


segunda-feira, 28 de abril de 2008


Hoje, após ter assistido às últimas notícias do caso "Isabela",
de ter visto como o ser humano se diverte
vendo e levando a família pra assistir
a reconstituição de uma tragédia deprimente,
de ouvir pessoas julgando e condenando
com extrema raiva e intolerância,
cheguei à conclusão que pai e madrasta são dignos de pena...

Não têm a menor noção do mal
que fizeram a eles próprios carmicamente...

Vamos deixar a justiça da terra julgar e condenar se for o caso,
Rezar a Deus pra dar conforto espiritual para a mãe,
e pedir compaixão por essas almas à Justiça Divina!

Não sei se tivesse acontecido comigo,
eu agiria dessa forma, é bem provável que sim,
talvez nos primeiros dias sentisse muita raiva,
muito desespero, quisesse até morrer,
mas tenho certeza que depois
procuraria me abrigar na Compaixão.

Esse é meu pensamento!

Guidha


Esta imagem foi meu primeiro trabalho com tratamento de imagem pra sites. Estou adorando conhecer estes novos programas. Estou me sentindo realizada! A gente se sente PODEROSA!!! Meu site já está todo elaborado, só falta os "finalmentes". Está bem a minha cara... estou anciosa pra mostrar pra todos os meus amigos!!! Tô muito feliz!


ECO DA VIDA

** Desconheço o autor**


Um pequeno garoto e seu pai

caminhavam pelas montanhas.

De repente o garoto cai, se machuca e grita:

- Aai!!!

Para sua surpresa escuta a voz se repetir

em algum lugar da montanha:

- Aai!!!

Curioso pergunta: - Quem é você?

Recebe como resposta: - Quem é você?

Contrariado grita: - Seu covarde!!!

Escuta como resposta: - Seu covarde!!!

Olha para o pai e pergunta aflito:

- O que é isso?

O pai sorri e fala:

- Meu filho, preste atenção!!!


Então o pai grita em direção a montanha:

- Eu admiro você!

A voz responde: - Eu admiro você!

De novo o homem grita: - Você é um campeão!

A voz responde: - Você é um campeão!

O garoto fica espantado sem entender nada.

Então o pai explica:

As pessoas chamam isso de ECO,

mas na verdade isso é a VIDA.

Ela lhe dá de volta tudo que você diz ou faz.

Nossa vida é simplesmente

o reflexo das nossas ações.

Se você quer mais amor no mundo,

crie mais amor no seu coração.

Se você quer mais responsabilidade

da sua equipe,

desenvolva a sua responsabilidade.


Se você quer mais tolerância das pessoas,

seja mais tolerante.

Se você quer mais alegria no mundo,

seja mais alegre.

Tanto no plano pessoal

quanto no profissional,

a vida vai lhe dar de volta

o que você deu a ela.

SUA VIDA NÃO É UMA

COINCIDÊNCIA;

SUA VIDA É A CONSEQÜÊNCIA

DE VOCÊ MESMO!!!

domingo, 27 de abril de 2008


O jeito próprio de se proteger
por Wilson Francisco - wilson153@gmail.com

Sou extremamente sensível, diz M., às vezes a minha sensibilidade me atrapalha ao ponto de me sentir incomodada ao sair de casa. É um abrir de boca constante, é falta de ar, é umbigo que dói, muitas sensações que me confundem, às vezes não sei o que é meu e o que não é. O melhor lugar do mundo para mim é minha casa.

Na verdade, nossa casa é mesmo o melhor lugar do mundo. Costumo dizer que é o nosso templo, mas nesse caso, estar em casa é uma fuga. Será melhor que essa internauta encontre um meio de estar fora de casa, sem tantas dificuldades.

Ainda, ontem, na casa de amigos, uma pessoa disse que coloca esparadrapo no umbigo para se proteger de influências negativas que, segundo ela, podem entrar no nosso corpo por esta região. Entendo que realmente o chakra do umbigo é um canal importante no nosso sistema energético, mas através de qualquer chakra as energias podem penetrar em nós. Se, por exemplo, eu sou defrontado por uma situação que me afeta, quase que imediatamente posso sentir algo em minha garganta, olhos ou pulmão. É que estas são as partes mais frágeis do meu corpo.

Diante disso, procuro me proteger com atitudes do tipo:

- Garganta: evito fazer julgamentos ou emitir um parecer sem antes ter pensado com cuidado em todos os pontos da questão ou do procedimento das criaturas que estão ao meu redor. Com isso, imunizo essa região;

- Olho: procuro observar o problema por todos os ângulos, o que aquela situação está querendo me mostrar, porque essa energia está me afetando;

- Pulmão: se é esta região a atingida, busco verificar se estou abrindo portas para tudo e todos sem fazer uma filtragem; se estou selecionando com cuidado o que me dizem, enfim, procuro estabelecer limites, preservando minha intimidade e minhas metas. Em seguida, entro em sintonia com o Universo e fico aguardando respostas.

Posso também utilizar outros recursos. Dentre eles, os principais são a respiração, para buscar outros padrões de energia e pensamento e o perdão, porque é uma atitude que limpa e recicla meu campo energético.
Um outro procedimento muito habitual é o de buscar recursos em outras religiões. Basicamente, tenho no Espiritismo uma grande fonte de esclarecimento e ferramentas, mas também vou em busca de informações e apoio na Umbanda, na Messiânica, Antroposofia, enfim, o Universo disponibiliza para toda criatura inumeráveis fontes onde podemos conhecer e estabelecer padrões que nos garantem proteção.

A primeira vez que fui ao Santuário da Federação Umbandista em Santo André, tive uma experiência muito boa, ficando extremamente arrepiado e captei uma ótima sensação de leveza e proteção, como se os Espíritos que guardam aquele Templo Natural estivessem por ali, me acompanhando e inspirando. E na verdade, é isso mesmo que eles fazem.

Pois bem, após essa singela e importante experiência, sempre que chego em casa após as atividades da clínica ou de outro lugar, vindo da rua, tomo banho imaginando que estou passeando lá no Santuário, acompanhado pelos Espíritos do Bem, que guardam aquele local. E me sinto muito bem.

Sobre o que diz a internauta, de bocejar, sentir-se mal tenho a dizer o seguinte: é muito comum em médiuns de captação essa ocorrência. São pessoas cuja tessitura psicossomática é apropriada para absorção de energias. Há quem diga isso: Wilson, sou uma lixeira, onde todo mundo deposita algo. Essas pessoas têm razão. Elas são portadoras de uma missão, a de atuar na ecologia energética do Planeta Terra. Espinhosa essa tarefa, porque a maioria dessas criaturas não tem noção disso e tampouco recursos próprios para se defender e entender como e o que fazer com esse “lixo”. E por isso, vão para as religiões à procura de arrimo, de um lenitivo para suas dificuldades. Será essa tarefa um castigo divino, uma expiação ou um processo de depuração? É difícil definir o que cada pessoa realiza.

O que sei, é que há em nós todos uma possibilidade transformadora, é como se existisse dentro de nós, em nosso corpo físico e corpo energético, uma máquina muito engenhosa que modifica tudo, absorvendo o que serve e o que não presta. Se a gente consegue acionar esse mecanismo divino em nós, a triagem será feita na hora. Sim, você pode bocejar, sentir um mal estar, ficar “meio zuada”, mas quase que instantaneamente a normalidade ressurge em seu corpo e mente.

É interessante que enquanto você não consegue descobrir ou acionar esse processo interno de mutação, procure recursos, quer dizer: novos caminhos para se proteger e higienizar seu corpo e mente.

Há muitos recursos, livros, crenças e “soluções” para esse processo, mas entendo que o mais importante é você conhecer suas qualidades e defeitos e observar que ferramentas você já possui ou pode estar adquirindo para desenvolver um excelente meio de proteção.

Não será, garanto a você, ficando em casa, com medo de se contaminar. Saia para o mundo, tenha coragem. Se você entende que colocando uma bandagem no umbigo ficará protegida, faça isso; se ao contrário, aprendeu que realizando uma oração estará imunizada, então ore, se um amigo recomenda que você tome passe, johrei ou vá assistir uma missa, não se constranja, vá em busca de sua capa protetora.

Enfim, vou copiar aqui uma frase que gosto muito: amar é um jeito próprio de sentir. Pois bem, encontre seu jeito próprio de se amar e de se proteger.

Um pouco de piedade

por tanta leviandade!
:: Rosana Braga ::

Segundo o Aurélio, leviano é um adjetivo e significa: “que julga ou procede irrefletidamente; precipitado, inconsiderado, imprudente. Sem seriedade, inconstante”.

Eu começaria lançando um questionamento íntimo e pessoal: quem, em toda a sua vida, nunca agiu de modo irrefletido, nunca foi precipitado ou imprudente? Quem, de modo algum, jamais, agiu sem seriedade ou foi inconstante?!?

Creio que, alguns mais, outros menos, todos nós já fomos levianos alguma vez na vida! Portanto, deveria se tratar apenas de mais um adjetivo que caracteriza nossa condição de imperfeitos! No entanto, o que me parece é que a leviandade passou a ser a base de muitas atitudes e recorrentes escolhas, especialmente aquelas que ganham destaque na mídia, seja de que modo for – para o bem ou para o mal.

Assim, já não amamos ou odiamos pelo que realmente somos ou baseados naquilo em que realmente acreditamos. Já nem sabemos mais quais são os valores que nos guiam, as verdades que nos conduzem. Perdemos o bom senso, a noção de limite e a capacidade de crítica.

Do mesmo modo que elegemos um “zé ninguém” como celebridade, passamos a admirar e respeitar uma “maria vai com as outras” como ditadora de um estilo ou de uma teoria qualquer, também dizemos que amamos para todo sempre um “fulano” que nem sabemos quem é... que acabamos de conhecer ou sequer tivemos essa oportunidade. Amamos virtualmente e tudo bem!

E neste ritmo, vamos apostando em sentimentos levianos, que não existem, que não têm raízes. Gente! Sentimentos precisam ser cultivados, nutridos e considerados como algo muito importante – porque são muito importantes! E o que é importante carece de dedicação, delicadeza, intensidade, tempo... Carece de troca, partilha, disponibilidade, experiências em comum... É o exercício do sentir que torna real o sentimento.

Mas porque temos abandonado nossas referências sobre o que seja sentir de verdade, terminamos acreditando que temos muito mais direitos e muito menos deveres do que deveríamos nessas relações levianas e vazias que insistimos em sustentar.

E toda vez que nos esvaziamos do que poderia ser criativo, produtivo e transformador, chegamos mais perto das tragédias e da insanidade, das ações impulsivas e das escolhas desesperadas... Caímos em nossas próprias armadilhas e nem percebemos.

Sabe qual é a reação das pessoas que nos assistem? A mesma que a nossa diante da queda do outro: nos achamos os donos verdade! Acusamos, apontamos o dedo, julgamos, condenamos, massacramos, comportamo-nos tão monstruosa e indignamente quanto os mais terríveis levianos. E nos chamamos de justiceiros...

Quanta falta de humanidade de todas as partes: de quem comete a insanidade e de quem aponta o dedo como se fosse perfeito. Quanta falta de referência: nem Jesus, nem Buda, nem Madre Tereza, nem o Dalai Lama, nem nenhum outro grande Mestre jamais defendeu o atirador da primeira pedra. Pelo contrário, todos eles pregaram a compaixão, o perdão e a lembrança de que somos todos iguais, sem o direito de julgar o outro.

E o que temos feito?!? Leviandades... nada mais que leviandades... maiores, menores, estrondosas, imperceptíveis... não importa o tamanho... temos cometido inúmeras leviandades e continuamos nos considerando os melhores, os mais corretos, os mais repletos de razões.

Neste momento e de hoje em diante, quero apenas olhar para o meu próprio dedo e – mais do que justiça – pedir piedade, porque é disso que todos nós estamos precisando!

sexta-feira, 25 de abril de 2008



BALADA PARA OUTRAS ISABELAS

lisieux


Olá! Eu vim lhe contar

um pouco da minha história...

Peço atenção, seu “dotô”,

um instante, não demora...

Meu nome não é Isabela

nem “caí” de uma janela

do quarto no sexto andar...

(será que pensaram, os insanos,

que ela sabia voar?)


Não moro num prédio equipado,

não tenho motos, brinquedos,

nem piscina pra nadar...

Eu brinco, às vezes,

nas poças de chuva,

com gatos, latinhas,

bolinhas de gude...

isso quando não tenho

que a mãe ajudar...


Não sei dançar, e não brinco

como menina educada,

porque aprendi, desde cedo,

lá no morro onde nasci,

que não importa o sexo da criança:

menino ou menina, a experiência,

é viver o teatro

da sobrevivência...


Não me chamo Isabela...

nem fui morta (ainda)

por meu pai ou madastra...

mas morro um pouco,

a cada dia,

quando sou espancada.


E morro também,

assim, engasgada,

obrigada a me calar

quando tenho mãos sobre mim...

nem sempre a me sufocar,

mas explorando,

de um jeito esquisito,

que nem entendo direito,

o meu corpo sem contornos...


Meu nome, não é Isabela...

Não tenho cabelos lisos,

nem tenho olhinhos espertos...

Ao contrário: meus olhos são opacos,

talvez, por não querer enxergar

minha dura realidade...


Também não faço teatros,

lá no palco da escolinha

... isso não é para mim...

Quando vou à escola,

é somente pra comer

a merenda que me dão...

pois muitas vezes, em casa,

não temos sequer o pão...


O máximo que sei é correr:

morro abaixo, morro acima,

entre os carros dos sinais...

para ganhar um trocado,

ou para fugir dos adultos,

que insistem em me machucar...


Eu não me chamo Isabela...

mas, como ela,

(ou até mais!)

eu sofro... e diariamente...

Tenho marcas de pancadas,

queimaduras de cigarros,

tenho ossos fraturados,

boca sangrando, hematomas,

que mãos e pés gigantescos

me provocam sem motivo...


Não morri, como Isabela...

Ainda não... mas irmãos,

amiguinhos, conhecidos,

eu sempre vejo morrer...


Quem matou? Nunca se sabe...

“ele caiu”, “tropeçou”

“queimou-se por acidente”

“estrupada?”, “coitadinha”...

“não fui eu”, diz o padrasto,

“nem eu”, diz a mãe omissa...

e eles não têm nem quem reze

para eles, uma missa...


Eu não me chamo Isabela...

sou Maria, Rita, João...

Sou Josefina, sou Mirtes,

sou Paulo, Sebastião...

Sou tantas, tantas crianças,

que todo dia a omissão

de todos deixa morrer...


Engraçado é que ninguém,

faz passeata por mim

a imprensa não divulga,

o “figurão” não se importa,

a classe média não grita,

os ricaços dão de ombros...


Que hipocrisia é essa,

de chorar por uma só?


São tantas as Isabelas

violentadas sem dó...


Mas que importam

os escombros,

a escória da sociedade?


Se não me chamo Isabela,

não mereço piedade.



Que o triste caso da pequena Isabela, sirva pra que abramos os olhos para o que acontece, todos os dias, com as nossas crianças...


Revolução dos Cravos

Há 34 anos atrás, era eu ainda uma menina,
Portugal acordou diferente!

Hoje, portanto, é um dia
muito importante pra todos nós!

Vou colocar aqui um texto
pra que vcs possam entender.

Seguem também uns vídeos muito ilustrativos.


PORTUGAL ANTES DO 25 DE ABRIL

Antes do 25 de Abril de 1974, não havia liberdade em Portugal. Existia censura, a actividade política, associativa e sindical eram quase nulas e controladas pela polícia política. Havia presos políticos, a Constituição não garantia os direitos dos cidadãos, Portugal mantinha uma guerra colonial e encontrava-se praticamente isolado da comunidade internacional.
A informação e as formas de expressão cultural eram controladas, fazia-se uma censura prévia que abrangia a imprensa, o cinema, o teatro, as artes plásticas, a música e a escrita. Não havia liberdade.
A actividade política estava condicionada, não existiam eleições livres e a única organização política e aceite era a União Nacional / Acção Popular. A oposição ao regime era perseguida pela polícia política (PIDE/DGS) e tinha de agir na clandestinidade ou refugiar-se no exílio.
Os oposicionistas, sob acusação de pensarem e agirem contra a ideologia e práticas do Estado Novo, eram presos em cadeias e centros especiais de detenção. Não havia Liberdade nem Democracia.
A Constituição não garantia o direito dos cidadãos à educação, à saúde, ao trabalho, à habitação. Não existia o direito de reunião e de livre associação. As manifestações eram proíbidas.
Portugal estava envolvido na guerra colonial em Angola, na Guiné e em Moçambique, o que gerou protestos de milhares de jovens e se transformou num dos temas dominantes da oposição ao regime, com especial realce para os estudantes universitários. Não havia Liberdade nem Paz.
Hoje é difícil imaginar como era Portugal antes do 25 de Abril de 1974. Mas, se pensarmos que por exemplo, as Escolas tinham salas e recreios separados para rapazes e raparigas, que muitos livros e discos eram proíbidos, que existiam nas Rádios listas de música que não se podiam passar, que não havia acesso a muitas das coisas que hoje fazem parte do nosso dia-a-dia, e que sobre todos os rapazes de 18 anos pairava o espectro da guerra, será mais fácil compreender porque é que a mudança teve de acontecer e como Portugal se tornou diferente.

O DIA 25 DE ABRIL DE 1974

No dia 25 de Abril de 1974, pelas 00 horas e 20 minutos, a transmissão da canção "Grândola Vila Morena" de José Afonso, no programa "Limite" da Rádio Renascença, é a senha escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), como sinal confirmativo de que as operações militares se encontram em marcha e são irreversíveis.
Na véspera, dia 24 de Abril, a canção "E Depois do Adeus", interpretada por Paulo de Carvalho, transmitida aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, pelas 22h 55m, marcava o início das operações militares contra o regime.
No dia 25 de Abril de 1974, pelas 00 horas e 30 minutos são ocupadas as instalações da Rádio Televisão Portuguesa, da Emissora Nacional, da Rádio Clube Português, do Aeroporto de Lisboa, do Quartel General, do Estado Maior do Exército, do Ministério do Exército, do Banco de Portugal e da Marconi, locais estratégicos considerados fundamentais.
Pelas 4 horas e 20 minutos, é difundido pela Rádio Clube Português, o primeiro comunicado ao país do Movimento das Forças Armadas (MFA).

Duas horas depois, Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, estacionam no Terreiro do Paço.
Às 13 horas e 30 minutos, as forças para-militares leais ao regime, começam a render-se. A Legião Portuguesa é a primeira.
Pelas 14 horas, inicia-se o cerco ao Quartel do Carmo. Dentro do Quartel estão refugiados Marcelo Caetano, Presidente do Conselho e dois Ministros do seu gabinete.
No exterior, no Largo do Carmo e nas ruas vizinhas, juntam-se milhares de pessoas.
Às 16 horas e 30 minutos, terminado o prazo inicial para a rendição, anunciado por megafone pelo Capitão Salgueiro Maia, oficial que comandava o cerco e após algumas diligências feitas por mediadores civis, Marcelo Caetano faz saber que está disposto a render-se e pede-se a comparência no Quartel de um oficial do MFA de patente não inferior ao coronel.
Uma hora depois, o General Spínola, mandatado pelo MFA, entra no Quartel do Carmo para negociar a rendição do Governo.
O Quartel do Carmo iça a bandeira branca.

Marcelo Caetano rende-se às 19 horas e 30 minutos.
A chaimite BULA, entra no quartel para retirar o Presidente do Conselho e os Ministros que o acompanham, conduzindo-os à guarda do MFA ao Posto de Comando do Movimento, no Quartel da Pontinha.
Meia hora depois, alguns elementos da PIDE/DGS disparam sobre manifestantes que começavam a afluir à sua sede, na Rua António Maria Cardoso, fazendo 4 mortos e 45 feridos.


No dia 26 de Abril, à 1 hora e 30 minutos, a Junta de Salvação Nacional apresenta-se ao país perante as câmaras da RTP.
Pelas 7 horas da manhã, por ordem do Movimento das Forças Armadas, cujo Posto de Comando se encontra instalado no regimento de Engenharia 1, na Pontinha, o Presidente do Conselho, Marcelo Caetano, o Presidente da República, Américo Tomás e outros elementos ligados ao antigo regime, são enviados para a Madeira.
Às 9 horas e 30 minutos, a PIDE/DGS rende-se, após conversa telefónica entre o General Spínola e Silva Pais, director daquela polícia política.
No dia seguinte, 27 de Abril, são libertados os presos políticos das cadeias de Caxias e Peniche.
É apresentado ao País o Programa do Movimento das Forças Armadas.
No dia 29 de Abril, regressa a Portugal, à estação de Stª Apolónia, o líder do Partido Socialista (PS), Dr. Mário Soares.
No dia seguinte, regresa a Portugal, ao Aeroporto de Lisboa, o líder do Partido Comunista (PCP), Dr. Álvaro Cunhal.
A manifestação do primeiro de Maio, dia do Trabalhador, reúne em Lisboa cerca de 500.000 pessoas. Outras grandes manifestações decorreram nas principais cidades do país. No dia 16 de Maio dá-se tomada de posse do 1º Governo Provisório presidido pelo Dr. Adelino da Palma Carlos. Deste governo fazem parte, entre outras figuras, o Dr. Mário Soares, o Dr. Álvaro Cunhal e o Dr. Francisco Sá Carneiro, líder do Partido Popular Democrático (PPD).
As primeiras eleições livres, realizaram-se a 25 de Abril de 1975. Num acto eleitoral com uma taxa de participação de 91.7%, os portugueses elegeram a Assembleia Constituinte, incumbida de elaborarem e aprovar a Constituição da República.
A 2 de Abril de 1976, a Assembleia Constituinte aprovou a Constituição da República.

PORTUGAL APÓS O 25 DE ABRIL DE 1974

Muita coisa se alterou com o 25 de Abril de 1974.
Mas, a mudança não se efectuou num dia. Foi preciso tempo, empenho, coragem e sacrifícios de muitas pessoas para construír um país diferente onde Liberdade, Solidariedade e Democracia não fossem apenas palavras.
Para chegarmos aos dias de hoje, foi necessário aprendermos a viver em Democracia e a saber o significado de Tolerância. Passo a passo, dia a dia, como acontece connosco, Portugal foi mudando.
Ao longo deste caminho, construíram-se partidos e associações, foi garantido o direito de expressão e realizaram-se eleições livres. Vivemos em Democracia.
Terminou a guerra colonial, e as antigas colónias portuguesas tornaram-se independentes. Vivemos em paz.
A Constituição garante os direitos económicos, jurídicos e sociais dos cidadãos.
Hoje, podemos falar livremente, dizer aquilo com que concordamos e o que não apoiamos, integrar associações, viver num novo Espaço Europeu e ter acesso directo ao Mundo sem receio de censura ou perseguições.
No seu conjunto, a sociedade portuguesa revelou uma grande flexibilidade e uma capacidade de adaptação que surpreendeu os que viam sobretudo a rigidez das estruturas e dos comportamentos. Esta espécie de plasticidade foi, por exemplo, demonstrada com o acolhimento, rápido e pacífico de umas poucas centenas de milhares de Africanos, Latino-americanos e Asiáticos que estabeleceram residência em Portugal ou adoptaram a nacionalidade. De igual modo, o derrube pela força mas sem violência, do regime autoritário, assim como a ultrapassagem democrática das tentativas anti-revolucionárias, igualmente feitas sem violência, foram sinais da maleabilidade da sociedade. Em contraste com o que se passava na era colonial, há alguns traços multiculturais, facilmente visíveis nas grandes áreas metropolitanas.
Há vinte anos não havia passe social, nem salário mínimo nacional, nem contratos de trabalho com pagamento de 14 meses de salários, ou seja, o reconhecimento ao direito de subsídio de férias e de Natal. Os cônjuges casados segundo ritos da Igreja Católica não podiam requerer o divórcio aos tribunais civis. O casamento e o divórcio passaram a ser livres, dependendo apenas da responsabilidade individual.
São conquistas do 25 de Abril de tal modo inseridas no quotidiano que mal se dá por elas.
Após o 25 de Abril de 1974, houve transformações no papel da mulher na organização da família. Vencida a batalha da igualdade e conquistada a liberdade através do trabalho no exterior, a mulher reinventa o seu papel e impõe novas representações sociais. A mulher "moderna" apesar de rodeada de computadores, livros, papéis, telefones, telemóveis e reuniões, continua a ser uma mãe cuidadosa e atenta. Assumindo o poder político, a mulher ganha os instrumentos para fazer com que a condição de mãe deixe de ser uma limitação, uma especificidade feminina ao serviço dos homens e dos filhos.
As mulheres foram reconhecidas como cidadãs de plenos direitos: têm acesso a todas as profissões, podem votar, ter contas bancárias, possuir passaporte e sair do país sem autorização escrita dos maridos, o que antes da revolução de 1974 era impensável.
Foram abolidas as certidões de bom comportamento moral e cívico e as informações da polícia necessárias a quem deseje obter certos empregos. Desapareceram das escolas os "livros únicos", as matérias e os autores no index. Os jovens têm direito ao ensino.
Já não é necessário uma licença de isqueiro, nem uma carta de conduzir bicicletas. A Coca-Cola interdita durante anos, bebe-se como se sempre tivesse feito parte dos nossos hábitos.
Em pouco mais de uma década, Portugal e os portugueses tiveram de se habituar a viver em democracia para, a seguir, serem confrontados com uma aprendizagem acelerada de convivência e participação num espaço transacional.

ADESÃO À UNIÃO EUROPEIA

De facto, a partir de 1986, a adesão às Comunidades Europeias implicou a alteração radical das regras de funcionamento.
Do ponto de vista económico, esta adesão vialbilizou parcialmente um processo de ajustamento modernizante de valores, estruturas, atitudes e comportamentos. Proporcionou também, após uma fase de instabilidade, a entrada num período de crescimento superior à média Europeia, por um elevado dinamismo revelado pelo investimento, uma aceleração da abertura global da economia. Orientou a economia e a sociedade para um continente do qual, mau grado lhe pertencer geograficamente, o país esteve relativamente afastado durante décadas. Esta mesma integração, ao abolir fronteiras comerciais, criou uma inédita vida de competição internacional, num país onde o proteccionismo e o ‘condicionamento’ foram quase sempre a regra.
O facto da mudança social ter sido, como se disse, muito rápida, não deixou de criar problemas de alguma amplitude. Nas actividades económicas, por exemplo, a rapidez das transformações fez com que saíssem da agricultura centenas de milhar de activos e suas famílias, sem que tenha havido tempo, meios ou circunstâncias de reciclagem produtiva. Também nas indústrias se vivia uma necessidade histórica de modernização tecnológica, isto é, de mecanização e diminuição da força de trabalho.
Por outro lado, a idade e as aptidões da população rural, não permitiam considerar a reconversão produtiva, nem a hipótese de emigração. De tal modo que, os novos condicionalismos de uma economia cada vez mais aberta, provocaram uma verdadeira destruição de economias locais, de subsistências rurais, de actividades semi- artesanais, de empresas familiares e de circuitos de troca e comércio rudimentares mas socialmente efectivos. Resultaram daí, sobretudo, duas consequências:
O alargamento muito significativo da massa de dependentes da Segurança Social.
O crescimento considerável da população dos subúrbios das áreas metropolitanas, em condições muito precárias.

CONCLUINDO

O 25 de Abril é uma data histórica, pois o salazarismo foi abolido e o povo Português sofreu uma grande mudança, alcançou a Liberdade, a Democracia e a Paz.
Esse dia histórico é mais conhecido como Movimento dos Capitães de Abril que acabou com o regime autoritário que vigorava em Portugal.
Ainda hoje, todos os anos, celebra-se o feriado da liberdade do povo português. Nesse dia tão glorioso para Portugal, as pessoas, que viveram nessa época, recordam os amargos dias da sua vida antes do 25 de Abril de 1974 e festejam a Liberdade, a Democracia e a Paz.
A Revolução de 1974 e os todos estes anos que se lhe seguiram trouxeram inúmeras novas realidades, rompendo definitivamente com o passado. Em menos de três décadas Portugal passou a ser uma sociedade plural.
Após o 25 de Abril de 1974, foram inúmeras as mudanças que alteraram por completo a sociedade em que se vivia, atingindo todos os portugueses.











É impossível não postar aqui a letra desta música FANTÁSTICA de Chico!

Chico Buarque - Tanto Mar

Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
um velho cravo para mim

Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
n'algum canto de jardim

Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, como é preciso,
Navegar, navegar

Canta primavera, pá
Cá estou carente
Manda novamente
algum cheirinho de alecrim