Deixa-me ser como sou!
Porque me dizes que sou ingênua?
Porque me falas: - Não acredites!
Estariam todos sempre mentindo?
Se é valor não resolvido na infância,
Só pode ser pelas perdas
E coisas que não foram aceites!
Já tentei deixar de ser ingênua,
Desconfiei de tudo o que ouvi,
Duvidei, usei malícia, julguei.
Isso foi atroz, estúpida brutalidade
E concerteza essa foi
A minha maior ingenuidade!
Quero olhar em teus olhos
E sempre me sentir em casa!
Quero ouvir o que me dizes
Somente prestar atenção,
Sem bloqueios, sem malícia
E me deixar encharcar de emoção...
Mas, se me enganares,
Se te aproveitares de mim,
Será um problema só teu!
Nada tenho a haver com isso!
Quem irá carregar esse nó
Serás tu, não eu!
Pra mim restará a decepção
De não teres visto que em meus olhos
Só habitava a amizade...
Tu ficarás só!
Comigo sempre irá à confiança,
Em meus olhos, a esperança,
E em meu coração, a solidariedade!
Já que és assim...
Não me confidencies nada de importante
Eu não saberei guardar uma só palavra!
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23 de Fevereiro de 2011
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