Reações violentas
Está se tornando algo comum as pessoas reagirem com violência ao mal que lhes acontece, ou àquilo que está em desacordo com os seus desejos.
Exatamente como a criança indisciplinada reage, gritando, jogando coisas quando suas vontades não são atendidas, as pessoas estão se permitindo agredir, revidar.
Quando o trânsito está lento há os que xingam a administração pública que não planeja vias melhores para o escoamento rápido dos veículos.
Se a loja informa que o artigo em oferta acabou, há os que se acham no direito de agredir os funcionários, acusando-os de propaganda enganosa.
Se o caixa se engana no troco, logo se afirma que ele é um indivíduo desonesto, desejando engordar o próprio salário.
Se a empregada pede para sair um pouco mais cedo, dizendo que deve levar o filho ao médico, logo alguém diz que ela não deseja trabalhar, que está inventando mentiras.
Se alguém esbarra em outra pessoa na rua, de imediato gritam alguns que o sujeito é mal educado, malcriado. Um abuso!
Em síntese, estamos vivendo uma época de muita agressividade. E nos queixamos da violência que toma conta das ruas, sem atentarmos que nós mesmos, muitas vezes, também agimos com violência.
desejando se espiritualizar,
escolheu um sábio religioso e lhe perguntou: - Onde começa o inferno? O pensador experiente meditou e falou: - Por que um homem sem escrúpulos
deseja saber onde começa o inferno?
Cheio de armas destruidoras de vida,
acerca-se de mim para perguntas tolas.
O que espera que lhe diga, eu,
que sou um homem de paz e justiça?
Antes que continuasse,
o militar o interrompeu,
levantando a espada e exigindo,
cheio de raiva,
que o sábio o respeitasse.
Sem qualquer receio,
o homem velho esclareceu:
- Aqui começa o inferno:
na raiva descontrolada.
O guerreiro compreendeu
e num gesto rápido,
tornou a colocar na bainha a espada,
pedindo desculpas.
O sábio então o esclareceu:
- Homem, nesse seu gesto começa o céu.
A raiva pode ser comparada a uma faísca portadora do poder de atear grandes incêndios. Basta uma palavra mal pensada, um gesto imprevisto para a gerar.
Quando solta, desencadeia conflitos inúteis e destruidores.
O homem que alimenta a raiva e se deixa dominar por ela, se torna bruto e violento.
Os antídotos para a raiva são a humildade que leva o indivíduo a reconhecer a própria fragilidade; a paciência, que lhe permite acompanhar o desenvolvimento da questão; a tolerância que entende a dificuldade alheia; enfim, o amor que é abençoada luz em todas as circunstâncias.
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