MEDITAÇÃO

MEDITAÇÃO

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A meditação é uma aventura.
A maior aventura que a mente humana é capaz de empreender.
A meditação é simplesmente estar.
Não fazer nada - ausência de acção.
Ausencia de pensamento. Ausência de emoção.
Ausência de pensamento.
Simplesmente estares e é um enorme deleite.
De onde vem este deleite quando não estás a fazer nada?
Vem de nenhures. Ou vem de toda a parte.
Não tem causa.
Porque a existência é feita da matéria chamada alegria!
A meditação não é um método indiano.
Não é uma mera técnica.
Não a podes aprender.
É um crescimento: um crescimento da tua vivência total!
Provém da tua vivência total.
A meditação não é algo que possa ser-te acrescentado tal como tu és.
Não te pode ser acrescentado:
somente pode chegara ti através de uma transformação básica.
Uma mutação. É uma florescência. Um crescimento.
O crescimento provém sempre do total: não é uma aditação.
Precisamente como o amor. Não pode ser acrescentado.
Cresce a partir de ti. Provém da tua totalidade.
Tens de crescer em direcção à meditação.



BAMBU OCO

Tilopa dise : Como um bambu oco, repousa descontraido com o teu corpo.
Um bambu no interior; um espaço completamente oco. Quando descanças, sentes-te como um bambu - completamente oco e vazio. E, de facto, ocaso é este: o teu corpo é como um bambu e por dentro é uma cavidade oca.
A tua pele, os teus ossos, o teu sangue, todos eles fazem parte do bambu; por dentro, só existe espaço, vacuidade.
Quando estás sentado, com a boca em silêncio total, inactiva, a língua no palto, sem te agitares com pensamentos, a mente observando passivamente, sem estar à espera de algo em particular, sete-te como um bambu oco - subitamente, dentro de ti, começa a derramar-se uma energia infinita, estás preenchido com o desconhecido, com o mistério, com o divino. Um bambu oco transforma-se em flauta e o divino começa a tocá-la. Uma vez que está vazio, não existe obstáculo para o divino entrar em si.
Experimente isto; esta é uma das mais belas meditações, a meditaçãode tornar-se um bambu oco, Não precisa de fazer mais nada. apenas tornar-se um bambu oco - e tudo o mais acontece. Subitamente, sentes qualquer coisa descendo na tua vacuidade. És como um ventre e uma nova vida entra em ti, uma semente cai. E chega a momento em que o bambu desaparece completamente.

A VACUIDADE É O TEU CENTRO MAIS ÍNTIMO.
TODA A ACTIVIDADE RESIDE NA PERIFERIA
O CENTRO ÍNTIMO É APENAS UM ZERO.