- Por Osho -
Quando vocês olham ao redor, vêem várias ilhas chamadas "seres humanos".
Cada uma delas contém, separadamente, doses de sonhos, sofrimentos, dores, alegrias, desilusões, imperfeições e graus de consciência diferenciados.
Estão aqui por um curto espaço de tempo, neste infinito Universo, para se conhecerem, trocarem informações e evoluírem.
Portanto, antes de derramar sangue em guerras idiotas, projetos corruptos e inescrupulosos, ganância, poder e cobiça, que geram a inveja cega e fatal, recordem-se sempre disto.
Que mestres passaram por esta Terra há milênios tentando alertar vocês e foram, na sua maior parte, abatidos como animais e incompreendidos.
Este é um momento crítico para o Planeta, que é nossa Grande Mãe.
Se esta pequena reflexão pode lhes ajudar, agradeçam ao destino por ter nos presenteado com grandes homens, artistas, músicos, poetas, filósofos e cientistas.
Pois eles carregam o fardo e o peso do mundo nas costas, presenteando a toda humanidade com a criação de seu sonho.
Índia, 1989.
- Nota de Wagner Borges: Osho (Bhagwan Srhee Rajneesh; 1931-1990) foi um famoso guru indiano, que, entre as décadas de 1960-1980, viajou pela Índia e por diversos países levando os seus ensinamentos conscienciais, polêmicos e profundos, libertários e inteligentes e, por isso, compreendido por muitos e incompreendido por outros.
Particularmente, gosto muito dos seus ensinamentos e extraio muita coisa boa deles. Tenho vários dos seus livros - o meu preferido é o "Sementes de Mostarda", onde ele interpreta magistralmente o sermão da montanha de Jesus -, e penso que suas idéias estavam muito à frente de seu tempo e, por isso, foram tão mal compreendidas pelas pessoas. Isso não significa que tudo em seu trabalho foi ótimo, pois muitos exageros foram cometidos, principalmente por grupos de discípulos que se enrolaram bastante ao confundirem suas idéias e fazerem dele o que ele menos queria: torná-lo um guru – apegando-se à sua figura de iluminado e isento de falhas humanas, como qualquer outro ser humano teria.
Finalizando, deixo um trecho dele que evidencia bem isso que estou comentando aqui:
"Nunca seja inspirado por ninguém.
Permaneça aberto.
Quando você vir um lindo pôr do sol,
Desfrute essa beleza;
Quando vir um Buda,
Desfrute a beleza do homem,
Desfrute o silêncio, desfrute a verdade
Que o homem realizou,
Mas não se torne um seguidor.
Todos os seguidores estão perdidos."
Obs.: Há diversos textos dele postados na seção de textos conscienciais da revista on line de nosso site – www.ippb.org.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário