24 ABR 2003 - Hubble Captura uma Tempestade de Gases Turbulentos
Lembrando a fúria de um mar enfurecido, esta imagem realmente mostra um oceano borbulhante de gás hidrogênio brilhante e pequenas quantidades de outros elementos tais como oxigênio e enxofre.
A fotografia tirada pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA, capturou uma pequena região dentro da M17, um berçario de formação de estrelas. A M17, também conhecida como Omega ou Nebulosa do Cisne, está localizada cerca de 5.500 anos-luz na constelação de Sagitário. A imagem está sendo liberada em comemoração do décimo-terceiro aniversário de lançamento do Hubble em 24 de abril de 1990.
Os padrões de gás como ondas foram esculpidos e iluminados por uma torrente de radiação ultravioleta de jovens, estrelas massivas, que encontram-se fora da imagem no canto superior esquerdo. O brilho desses padrões acentua a estrutura tridimensional dos gases. A radiação ultravioleta está modelando e aquecendo as superfícies das nuvens de gás de hidrogênio frio. As superfícies aquecidas brilham como laranja e vermelho nesta foto. O intenso calor e pressão faz com que algum material flua destas superfícies, criando o véu brilhante de plano de gás esverdeado aquecido que mascara as estruturas de fundo. A pressão na extremidade das ondas pode disparar a formação de novas estrelas dentro dela.
A imagem, aproximadamente, 3 anos-luz de diâmetro, foi tirada entre 29 e 30 de maio de 1999, com a Wide Field Planetary Camera 2. As cores na imagem representam vários gases. Vermelho representa enxofre, verde hidrogênio e azul oxigênio.Na verdade eu só quis buscar uma imagem de tempestade no mar... até que me caiu nas mãos esta e achei que tinha tudo a haver! Portanto aproveitem a informação do Blog ASTRONOMIA NA WEB e curtam o texto a seguir.
A CANÇÃO DO ALBATROZ
Máximo Gorki
Sobre a superfície cinzenta do mar
O vento reúne pesadas nuvens
Semelhante a um raio negro
Entre as nuvens e o mar
Paira orgulhoso o albatroz
Mensageiro da tempestade
E ora são as asas tocando as ondas
Ora é uma flecha rasgando as nuvens
Ele grita
E as nuvens escutam a alegria
No ousado grito do pássaro
Nesse grito - Sede de tempestade
Nesse grito - As nuvens escutam a fúria
A chama da paixão
A confiança na vitória
As gaivotas gemem diante da tempestade
Gemem e lançam-se ao mar
Para lá no fundo esconder
O pavor da tempestade
E os mergulhões também gemem
A eles, mergulhões é inacessível
A delícia da luta pela vida:
O barulho do trovão os amedronta...
O tolo pingüim timidamente esconde
Seu corpo obeso entre as rochas
Apenas o orgulhoso albatroz voa
Ousado e livre
Sobre a espuma cinzenta do mar
Tonitroa o trovão
As ondas gemem na espuma da fúria
E discutem com o vento!
Eis que o vento abraça
Uma porção de ondas com força
E lança-as com maldade selvagem nas rochas
Espalhando-as como a poeira
Respingando uma noite de esmeraldas
O albatroz paira a gritar como um raio negro
Rompendo as nuvens como uma flecha
Levantando espuma com suas asas.
Ei-lo voando rápido
Como um mensageiro
Orgulhoso e negro
Mensageiro da tempestade
Ri das nuvens, soluça de alegria
Ele - sensível mensageiro
Há muito vem escutando
Cansaço na fúria do trovão...
Tem certeza de que as nuvens
Não escondem!
Não, não escondem...
Uiva o vento
Ribomba o trovão
Sobre o abismo do mar
Um monte de nuvens pesadas
Brilham como centelhas
Esse corajoso albatroz
Paira altivo entre os raios
E sobre o mar furiosamente urrando
Então grita o profeta da Vitória
QUE MAIS FORTE ARREBENTE A TEMPESTADE!
Em 1901, Máximo Gorki escreveu este belo poema
sentindo o tempo que vivia.
A palavra albatroz (burieviestnik) em russo pode ser traduzida
como mensageiro (viéstnik) da tempestade (buria),
por ser ele o único animal que sai alegremente a voar
e sente-se perfeitamente à vontade
em meio a qualquer tormenta.
A mensagem é clara:
no meio do caos,
não devemos temer as tempestades,
mas voar com elas
e contribuir para que elas transformem
efetivamente o mundo!
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