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O presidente Mandela sabia.
E fez!
O último filme de Clint Eastwood, Invictus, mostra a luta desse ex-prisioneiro para unificar seu pais, logo após o apartheid.
E,valeu-se, claro, das coisas que o povo cultuava. Como o rugby, por exemplo...
Dirigindo-se ao seu povo numa linguagem simples que ele conhecia, e, sem nunca acusar a minoria branca, que o prendeu e oprimiu, Mandela, Mandiba, para o seu povo ,conquistou o inconquistável: transformou e unificou a África do Sul, mostrando aos brancos que não deixaria que ali se transformasse em Angola ou Congo, e, ganhando a confiança do seu povo, com uma presença firme e confiante.
O filme é centrado num episódio real, um campeonato de rugby, onde,a África do Sul, ganhou a taça, feito quase impossível, apenas porque Mandela se importou e transmitiu confiança ao capitão da equipe, não só com a história da sua vida, mas, mostrando suas crenças e a confiança na fé que conduz á vitória.
O flime, se não é uma obra prima, é bom; quando acaba – e a gente nem vê o tempo passar –dá vontade de apertar a mão de Eastwood, ou telefonar para ele.
Não era assim que Salinger dizia reconhecer um bom escritor? Pois vale para o cinema,também...
Uma pausa para aplaudir a magnífica interpretação de Morgan Freeman como Mandela e o resto do elenco, sempre correto.
Muitos acham que o Clint exagerou com a música, que , ás vezes, enchia toda a tela; não percebi.
Quem sabe vocês percebem.
Ah, o segredo de Mandela, estava na força que lhe passava um poema vitoriano de H.W.Henley, Invictus,(vitorioso,em latim) que também deu nome ao filme.
Os últimos versos do poema eram:
“Eu sou dono e senhor do meu destino
Eu sou o comandante da minha alma!”
Forte, não é?
Ficha técnica:
Filme: Invictus
Diretor: Clint Eastwood
Atores: Morgan Freeman, Matt Damon, Scott Eastwood, Langley Kirkwood
Pinçado do site: http://recantodasletras.uol.com.br/resenhasdefilmes/2132273
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Nelson Mandela, Invictus
publicado em 11/02/2010 por Maria Augusta Orofinohttp://www.mariaaugusta.com.br/2010/02/11/nelson-mandela-invictus/
Sincronicidade ou coincidências, não importa. Ocorre que desde dezembro de 2009, alguns fatos têm me levado a Nelson Mandela. Em uma das minhas madrugadas sem sono, resolvi ligar a televisão e estava passando um filme sobre a vida dele. Ou melhor, estava inicia o filme, o que me fez ficar e ver até o final. Não conhecia a vida deste homem em detalhes. Observar o seu grau de obstinação e determinação me levou a querer estudar mais sobre a sua vida e obra.
Em dezembro, procurando um livro para dar de presente para a minha mãe no Natal, me deparei com uma publicação especial sobre a biografia autorizada de Nelson Mandela. Ela tem particular interesse pelos livros de biografias. Evidente que comprei o livro na hora e dei a ela de presente com segundas intenções.
Hoje, dia 11 de janeiro de 2010, ao abrir a internet, a primeira mensagem que surgiu na tela do computador, foi um twitter de um jornalista que sigo, falando exatamente que fazia 20 anos que Nelson Mandela havia deixado a prisão após 27 anos de cativeiro. Fiz um post remetendo a esse assunto e segui minha agenda e a minha vida normalmente.
Por volta das 16h, depois do corre-corre do dia, fui a um dos shoppings de minha cidade para resolver um problema com uma conexão sem fio para a internet. Fui a três operadoras e todas estavam lotadas. Resolvi deixar isso para outro dia e segui o caminho do estacionamento que fatalmente passa pela área dos cinemas. Resolvi assistir INVICTUS. Sabia de relance que se tratava de algum episódio da vida de Nelson Mandela, mas nada além disso. Acreditem. Eu nunca fui a um cinema, em dia de semana, durante o meu horário de trabalho, apesar de trabalhar como autônoma há 20 anos. Mas hoje me senti à vontade para aceitar o meu próprio convite.
O filme começa assim: 11 de janeiro de 1990, Nelson Mandela é libertado…. A mesma data que havia comentado neste blog pela manhã, a mesma data de hoje. Comecei a ver o filme já emocionada.
O filme de Clint Eastwood, baseado no livro “Conquistando o inimigo”, de John Carlin. Trata de como Mandela (Morgan Freeman) utiliza o time de rugby – Springbooks para unir um país à beira da desagregação. Não sei se o fato ocorreu como é dito no filme, não entendo de rugby, não considerei o lado romântico de uma família branca criticando um líder negro. Fiz como Clint Eastwood e Morgan Freeman: concentrei-me no lado humano de Mandela – o Madiba como é chamado. Se o que é colocado é verdadeiro, ver o lado humano de Mandela me deixou impressionada. O chamar as pessoas pelo nome, as aproximações estratégicas, a busca em mesclar o negro com o branco, as frases de estímulo para que as pessoas não desistissem. Um líder cujo objetivo estava acima do seu querer mas focado em construir uma nação. A garra e a obstinação em realizar seu sonho é muito bem mostrado.
Compartilho aqui o poema INVICTUS que o acompanhou durante o período em que esteve preso e que é citado no filme “Eu sou o mestre de meu destino; Eu sou o capitão de minha alma”.
“Invictus”
por William Ernest Henley
Out of the night that covers me
Black as the pit from pole to pole
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate
I am the captain of my soul.
Invictus (tradução)
Noite à fora que me cobre
Negra como um breu de ponta a ponta,
Eu agradeço, a quem forem os deuses
Por minha alma incansável.
Nas cruéis garras da circunstância
Eu não fiz cara feia ou sequer gritei.
Sob as pauladas da sorte
Minha cabeça está sangrenta, mas não rebaixada.
Além deste lugar de raiva e lágrimas
É iminente o horror da escuridão,
E ainda o avançar dos anos
Encontra, e me encontrará, sem medo.
Não importa o quão estreito seja o portão,
O quão carregado com castigos esteja o pergaminho,
Eu sou o mestre de meu destino;
Eu sou o capitão de minha alma.
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