"A liberdade é indivisível,
as cadeias que acorrentavam um só elemento do meu povo
eram cadeias neles todos,
as cadeias em todo o meu povo eram cadeias em mim.
O opressor precisa tanto de ser libertado como o oprimido.
Um homem que rouba a liberdade a outro
é prisioneiro do ódio, está preso por trás das grades
dos preconceitos e da estreiteza de vistas.
Não sou verdadeiramente livre se tiro a liberdade a alguém,
da mesma forma que não sou livre quando me tiram a minha liberdade.
A verdade é que não somos ainda livres;
alcançámos apenas a liberdade de sermos livres,
o direito de não sermos oprimidos.
Não demos o último passo da nossa viagem,
mas sim o primeiro de uma estrada ainda mais comprida e difícil.
Pois ser livre não é somente arredar as correntes,
mas viver de uma forma que respeite
e realce a liberdade dos outros.
O verdadeiro teste da nossa dedicação à liberdade está a começar.
Percorri esse longo caminho para a liberdade. Tentei não fraquejar;
dei passos errados ao longo do percurso.
Mas descobri o segredo:
que, depois de escalar uma grande montanha,
apenas se descobre que há muitas mais montanhas para subir.
Parei aqui há pouco para descansar,
para deitar uma olhada à vista maravilhosa que me rodeia,
para olhar para a distância, de onde vim.
Mas posso descansar, somente por um momento,
porque com a liberdade vêm as responsabilidades – e não me
atrevo a demorar-me,
pois a minha caminhada ainda não terminou."
Nélson Mandela, in ‘Longo Caminho Para a Liberdade'
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