GAIA - UM NOVO CONCEITO DE VIDA,
PARA UMA NOVA VIDA
Revendo conceitos de ética
Lia Diskin, formada em jornalismo, educadora para a paz, fundadora e presidente da Associação Palas Athena, narra o seguinte:
“No exuberante imaginário da literatura indiana jainista, encontramos uma estória em que duas crianças, uma cega e a outra perneta, estão brincando numa floresta. Elas não se conhecem, e estão distantes entre si. Inesperadamente, o fogo começa a tomar conta da mata. A fumaça espalha a notícia – aves, insetos, animais saem em disparada. As crianças, entretanto, não se mexem, medo e incerteza as dominam. Gritam por socorro, e pelos gritos, se encontram. Querem fugir do fogo, mas como? Suas falas, entrecortadas por soluços, tecem e desmancham planos. De pronto, numa sinergia que as abraça, o menino perneta pula sobre os ombros da criança cega, e esta pede-lhe que oriente seus passos. Graças à altura proporcionada pelo corpo do colega, o perneta consegue ver as clareiras através da fumaça, e saem triunfantes da floresta”.
Esta história leva-nos a inúmeras reflexões como o fato de não sermos completos, de não sabermos tudo, necessitando da complementaridade, daquilo que a outra criatura possa nos oferecer.
A nossa sociedade competitiva está nos deixando doentes, estressados e olhando o outro como alguém que está prestes a nos destruir. Uma sociedade cooperativa seria mais gratificante. Somaríamos os nossos conhecimentos para produzir o melhor e redirecionaríamos o consumo dos bens que o Planeta nos oferece, de forma mais justa.
Outro fator a refletir, seria de ordem ética. Na sua origem, a ética se referia ao comportamento solidário, responsável, para que os membros dos grupos primitivos pudessem sobreviver, principalmente entre os povos nômades, onde cada um tinha uma função e se alguém não a cumprisse, o grupo todo sofreria.
Diríamos que no mundo moderno o enfoque seja o mesmo... Comportamento ético se refere à consciência e a responsabilidade que temos sobre o bem coletivo. Esta consciência envolve amadurecimento espiritual e, as atitudes tomadas partem do fundo da alma que vibra amor: não suborno o guarda que me multou porque não tenho a corrupção dentro de mim e me causa muito desconforto interno lesar a sociedade em que vivo.
Voltando à estória jainista... Somos interdependentes. Somos natureza. Vivemos intimamente ligados à espaçonave Gaia, conceito este, que se refere ao Planeta Terra como ser vivo e que está doente...
Agora ficam as perguntas:
Estou sendo ético quando mando, indiscriminadamente, para o aterro sanitário os descartáveis que adquiri? Estou sendo ético quando consumo produtos que ao serem fabricados poluíram Gaia?
Que estou fazendo para preservar a minha vida e a das gerações futuras?
Maria Ida Bachega Bolçone, escritora, professora de Biologia, com vários cursos na área ambiental e holística.
E-mail: maria¬_ida@itelefonica.com.br
É irônico mas, em Matrix o agente Smith diz que nós os homens vamos para uma área e nos multiplicamos até que todos os recursos sejam consumidos. A única forma de sobrevivermos é indo pra outra área. Aí ele diz que no planeta existe um outro organismo que segue o mesmo padrão... os VÍRUS! E arremata: Os seres humanos são uma doença. Um câncer! Vocês são uma Praga!
Viuge! Essa foi forte demais!!! Mas será que não estamos nos comportando assim mesmo???
Como diria o finado Gentil lá na fazenda: - Arre égua!!!!
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