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Quero sempre lembrar que NÃO SOU terapeuta nem psicóloga, apenas uma artista plástica que adora ser ZEN, gosta de ajudar os outros e acredita firmemente que SOMOS TODOS UM!

Que ao sair daqui, você tenha ativado sua sensação de paz, harmonia e auto-confiança.

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... e até que nos encontremos de novo...

que Deus lhe guarde, serenamente,
na palma de Suas mãos!



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sexta-feira, 27 de junho de 2008

Tarô da Transformação

31. Desprendimento

Transformation Tarot Card
Desprendimento

Hakuin e o recém-nascido

Continue a sentir algo dentro de você que seja o mesmo não importa o que aconteça na periferia. Quando alguém o insultar, concentre-se até o ponto onde você fica apenas escutando-o - nada fazendo, sem reagir, apenas escutando. Ele está lhe insultando. E depois alguém está lhe elogiando - apenas escute. Insulto ou Elogio, honra ou desonra, apenas escute. Sua periferia ficará perturbada. Olhe também para isso, mas não tente mudar. Apenas olhe mantendo o seu centro, olhando dalí. Você terá um desprendimento que não é forçado, o qual é espontâneo, natural. E uma vez que você tenha sentido esse distanciamento natural, nada mais poderá lhe perturbar.

Numa aldeia onde o grande mestre Zen Hakuin vivia, uma moça ficou grávida. O pai dela maltratou-a para saber o nome do amante dela e, finalmente, para escapar da punição, ela disse a ele que era Hakuin. O pai não disse mais nada, mas quando chegou a hora e a criança nasceu, ele imediatamente levou o bebê até Hakuin e o pôs a seus pés. “Parece que essa criança é seu filho,” ele disse, e depois descarregou insultos e seu desprezo na desonra que aquilo representava.

Hakuin apenas disse, Oh, é mesmo?” E pegou o bebê nos seus braços. Onde quer que ele fosse, ele levava o bebê, envolto nas mangas de seu quimono esfarrapado. Durante os dias chuvosos e noites tempestuosas ele saia para pedir leite nas casas vizinhas. Muitos de seus discípulos, considerando-o fracassado, se voltaram contra ele e o deixaram. E Hakuin não disse uma palavra.

Enquanto isso, a mãe achou que ela não podia suportar a agonia da separação de seu filho. Ela confessou o nome do verdadeiro pai, e o próprio pai dela foi até Hakuin e prostou-se diante dele, suplicando por perdão. Hakuin apenas disse, “Oh, é assim?”, e devolveu-lhe a criança.

Para o homem comum o que os outros dizem é muito importante, pois ele nada possui dele mesmo. Não importa o que pensam ser, não passam de opiniões das outras pessoas. Alguém disse: Você é bonito. Alguém disse: você é inteligente. E a pessoa vai acumulando todas essas opiniões. Daí ele ficar sempre assustado e não deve comportar-se de certa maneira para não perder sua reputação, respeitabilidade. Ele está sempre com medo da opinião pública, o que as pessoas irão dizer, porque tudo que ele sabe sobre si mesmo é o que as pessoas lhe disseram. Se as pessoas mudarem de idéia, o deixam desnudo. Assim ele não sabe quem ele é, se feio, se belo, inteligente ou tolo. Ele não tem nenhuma idéia, nem mesmo vagamente, de seu próprio ser: depende da opinião dos outros.

Mas aquele que medita não precisa da opinião dos outros. Ele conhece a si mesmo, não importa o que os outros dizem. Mesmo que o mundo inteiro diga alguma coisa que vá contra sua própria experiência, ele irá simplesmente rir. No máximo, essa pode ser a única resposta. Ele, contudo, não irá tomar nenhuma atitude para mudar a opinião das pessoas. Quem elas são? Elas não se conhecem, mas ainda assim tentam rotulá-lo. Ele irá rejeitar os rótulos. Ele simplesmente dirá, “Sou aquilo que sou, e é desse jeito que vou ser.”


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